Arquivo da categoria: Tecnologia

O filme mais pequeno do mundo

A IBM lançou um filme de animação no qual o protagonista é feito de átomos.

Não é o filme mais pequeno do mundo por nem chegar a durar dois minutos, mas por ser uma história contada por átomos, isto é, são estas partículas invisíveis ao olho humano que fazem o filme. O desafio foi levado a cabo pela IBM e só foi possível graças ao recurso a um microscópio especial.

Utilizando técnicas de animação imagem a imagem e recorrendo a um microscópio especial que opera a uma temperatura de -268 graus Celsius, a IBM conseguiu, através de uma agulha, posicionar os átomos um a um, de forma a criar figuras. E para que fosse possível visualizar todo o processo, foi preciso ampliar 100 milhões de vezes a imagem. Foi tudo feito sobre uma pequena placa de cobre, como é explicado num outro vídeo da empresa.

O filme chama-se A Boy and His Atom e, graças a este processo, vê-se a forma de um menino criado pelos átomos. Num filme normal, estas imagens são criadas por computador. Para chegar ao resultado final foram feitas 250 fotografias que, ao serem unidas, formaram a animação.

A técnica da manipulação de átomos, segundo a IBM, está em desenvolvimento para se tentar encontrar meios mais eficientes de armazenamento de dados. A capacidade de armazenar informações em átomos individuais pode, no futuro, permitir guardar grandes quantidades de dados, como todos os filmes já produzidos, em apenas um objecto do tamanho de uma unha, explica a empresa.

Fonte: Público

Uptec ganha “óscar” europeu para projectos de desenvolvimento regional

Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto venceu prémio RegioStars da Comissão Europeia que distingue projectos inovadores e boas práticas nas políticas públicas de desenvolvimento.

A satisfação foi proporcional à surpresa: quando, a 9 de Outubro passado, Clara Gonçalves, assessora-executiva do Parque de Ciência e Tecnológia da Universidade do Porto (Uptec), apresentou este projecto ao júri dos RegioStars em Bruxelas, estava longe de imaginar que estaria nesta quinta-feira de volta a Bruxelas, já como representante da candidatura vencedora na categoria Crescimento Inteligente dos prémios que são uma espécie de “óscares” dos projectos na área do desenvolvimento regional financiados pela União Europeia.

Em Outubro, Clara Gonçalves já estava muito feliz por ter chegado ali, ao grupo dos seis finalistas – um lote heterogéneo, que reuniu projectos nas áreas da transferência de conhecimento entre universidades e empresas, da gestão de colheitas agrícolas, das políticas locais de acolhimento de clustersempresariais, vindos de Portugal, Espanha, Áustria, Alemanha, Reino Unido e Suécia,  “Há concorrentes tão bons”, comentava sem esperança na vitória, apesar de o júri ter então comentado que a escolha seria “difícil”.

Os prémios RegioStars foram lançados em 2008 pela Comissão Europeia para destacar boas práticas nas políticas públicas de desenvolvimento regional e projectos inovadores. A candidatura do Uptec a este galardão, na categoria dedicada à ligação das universidades ao tecido empresarial, foi apresentada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.

Criado em 2007, aberto aos alunos, docentes, investigadores, empresários com uma ideia de negócio ou projecto de elevado potencial tecnológico, o Uptec acolhe hoje 113 empresas, entre elas 97 start-ups e spin-offs, de áreas tão diversas como a Agricultura, Arquitectura, Design, Publicidade, Farmacêutica, Electrónica, Produção de Eventos, Gaming ou Robótica.

Funcionalmente, reparte-as por dois tipos de estrutura  — incubadoras e centros de inovação empresarial – e distribui-as por quatro pólos: o Tecnológico (Campus da Asprela), o das Indústrias Criativas (Baixa do Porto), o de Biotecnologia (Asprela e Campus do Campo Alegre) e do Mar (que ficará junto do novo Terminal de Cruzeiros em construção no Porto de Leixões). Nos centros de inovação, as empresas estabelecem sinergias com as unidades de investigação ou de interface com os mercados da Universidade do Porto.

No total, as empresas do Uptec, desde as mais pequenas às mais consolidadas, geraram mais de 900 empregos e atingiram, em 2011, um volume de facturação de 177 milhões (dos quais 168 milhões tiveram naturalmente origem nos centros de inovação).

A aposta é esta, diz Governo

A distinção atribuída ao Uptec já mereceu uma declaração de congratulação por parte do Governo, através do secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques: “Este prémio distingue a forte marca de inovação e empreendedorismo da Universidade do Porto, que é um porta-aviões da ciência na economia do Norte.

Os seus resultados falam por si: no número de empresas, empregos e negócios criados.” Almeida Henriques refere ainda que “este reconhecimento da Comissão Europeia demonstra também o potencial dos Programas Operacionais Regionais em Portugal no desenvolvimento da nova economia. Isto é, a sua vocação em investir bem em inovação empresarial e em empreendedorismo tecnológico, numa abordagem territorial”.

Responsável pela coordenação do QREN (e, por essa via, também dos Programas Operacionais Regionais, aproveita para prometer que esta aposta será regorçada e generalizada na gestão do Novo QREN, que vigorará a partir de 2014. “A experiência vencedora [do Uptec] é um caso de sucesso promissor. Precisamos de faróis como estes: que iluminem projectos regionais de desenvolvimento ecnonómico e de emprego, invertendo a lógica da infra-estutura como um fim em si mesmo.”

Fonte: Público

Tranferência de livros sobre Armstrong para secção de “Ficção” não passou de uma brincadeira

Uma biblioteca australiana colou uma nota a informar que os livros sobre Lance Armstrong passariam a estar na secção de Ficção”. A imagem do anúncio correu a Internet, e foi notícia, mas tudo não passava, afinal, de uma brincadeira.

“Todos os livros de não ficção de Lance Armstrong, incluindo “Lance Armstrong: Imagens de um campeão”, “O programa de desempenho de Lance Armstrong: o maior campeão do mundo”, serão transferidos de imediato para a secção de ficção”, destacava o anúncio da Biblioteca de Manly, em Sidney. 

Um utilizador do Twitter publicou uma fotografia da nota, com o comentário “não há ira como a de um bibliotecário” e, rapidamente,  a imagem se tornou viral, chegando a ser noticiada em vários órgãos de comunicação internacionais.

A Biblioteca de Manly já fez saber que o aviso em causa foi uma partida e estava em curso uma investigação interna. “As bibliotecas não podem reclassificar categorias de livros arbitrariamente porque isso depende do número ISBN emitido pela Biblioteca Nacional”, explicou um porta-voz, esta segunda-feira.

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Fonte: Visão

O Instagram, a privacidade e a polémica.

O Instagram, rede social baseada na partilha de fotografias, apresentou ontem as alterações à Política de Privacidade dos utilizadores da rede, gerando um turbilhão de comentários, muitos deles negativos.

Hoje, o co-fundador do Instagram, Kevin Systrom, assina um comunicado oficial da rede, intitulado “Thank you, and we’re listening” (Obrigado, e estamos a ouvir-vos).

No texto, que começa com uma uma análise geral aos comentários e uma demonstração da atenção que lhes foi dada, Systrom explica as alterações, utilizando uma linguagem mais simples, tentando assim tirar algumas dúvidas e esclarecer mal entendidos.

Aqui fica o texto para um melhor entendimento:

Thank you, and we’re listening

Yesterday we introduced a new version of our Privacy Policy and Terms of Service that will take effect in thirty days. These two documents help communicate as clearly as possible our relationship with the users of Instagram so you understand how your data will be used, and the rules that govern the thriving and active Instagram community. Since making these changes, we’ve heard loud and clear that many users are confused and upset about what the changes mean.

I’m writing this today to let you know we’re listening and to commit to you that we will be doing more to answer your questions, fix any mistakes, and eliminate the confusion. As we review your feedback and stories in the press, we’re going to modify specific parts of the terms to make it more clear what will happen with your photos.

Legal documents are easy to misinterpret. So I’d like to address specific concerns we’ve heard from everyone:

Advertising on Instagram From the start, Instagram was created to become a business. Advertising is one of many ways that Instagram can become a self-sustaining business, but not the only one. Our intention in updating the terms was to communicate that we’d like to experiment with innovative advertising that feels appropriate on Instagram. Instead it was interpreted by many that we were going to sell your photos to others without any compensation. This is not true and it is our mistake that this language is confusing. To be clear: it is not our intention to sell your photos. We are working on updated language in the terms to make sure this is clear.

To provide context, we envision a future where both users and brands alike may promote their photos & accounts to increase engagement and to build a more meaningful following. Let’s say a business wanted to promote their account to gain more followers and Instagram was able to feature them in some way. In order to help make a more relevant and useful promotion, it would be helpful to see which of the people you follow also follow this business. In this way, some of the data you produce — like the actions you take (eg, following the account) and your profile photo — might show up if you are following this business.

The language we proposed also raised question about whether your photos can be part of an advertisement. We do not have plans for anything like this and because of that we’re going to remove the language that raised the question. Our main goal is to avoid things like advertising banners you see in other apps that would hurt the Instagram user experience. Instead, we want to create meaningful ways to help you discover new and interesting accounts and content while building a self-sustaining business at the same time.

Ownership Rights Instagram users own their content and Instagram does not claim any ownership rights over your photos. Nothing about this has changed. We respect that there are creative artists and hobbyists alike that pour their heart into creating beautiful photos, and we respect that your photos are your photos. Period.

I always want you to feel comfortable sharing your photos on Instagram and we will always work hard to foster and respect our community and go out of our way to support its rights.

Privacy Settings Nothing has changed about the control you have over who can see your photos. If you set your photos to private, Instagram only shares your photos with the people you’ve approved to follow you. We hope that this simple control makes it easy for everyone to decide what level of privacy makes sense.

I am grateful to everyone for their feedback and that we have a community that cares so much. We need to be clear about changes we make — this is our responsibility to you. One of the main reasons these documents don’t take effect immediately, but instead 30 days from now, is that we wanted to make sure you had an opportunity to raise any concerns. You’ve done that and are doing that, and that will help us provide the clarity you deserve. Thank you for your help in making sure that Instagram continues to thrive and be a community that we’re all proud of. Please stay tuned for updates coming soon.

Sincerely,

Kevin Systrom co-founder, Instagram

Fonte: Instagram Blog

O poder da fotografia, mesmo manipulada

Em Setembro, aquando das manifestações em Portugal contra a Troika e o Governo, uma fotografia tornou-se a imagem dos protestos por todo o Mundo.

Hoje, a situação que me leva a este post é bastante mais grave, a tempestade Sandy, que atinge, neste momento, a costa americana,  especialmente a capital económica, Nova Iorque.

Sabemos que algumas das mais belas fotografias no Mundo, são de momentos de catástrofe como este, Natureza vs Homem. Contudo, esta tempestade tem também sido ilustrada por esse Mundo fora com duas imagens falsas, uma delas em especial, tem corrido por milhões de murais do Facebook, e é a essa que me vou referir mais em pormenor.

Confesso que, logo no primeiro instante que vi a fotografia me pareceu falsa, algo ali não “batia certo”. Pessoas a passear, calmamente, em volta da Estátua da Liberdade, um barco em ritmo de passeio no rio, enquanto ali ao lado um gigantesco furacão se aproxima do monumento. Um cenário demasiado antagónico em si mesmo.

Ao rever agora essa imagem partilhada por algumas pessoas no Facebook, fui pesquisar e não precisei de muito tempo para perceber que está mal naquela fotografia, na verdade são, nada mais que, duas fotografias sobrepostas num truque de edição fotográfica.

Pega-se numa fotografia da Estátua da Liberdade e junta-se uma fotografia de 28 de Maio de 2004, de um super furacão, tirada pelo fotógrafo Mike Hollingshead, no Nebraska, e plim, faz-se uma imagem viral de sucesso, mas falsa…

Vi várias pessoas a comentar a imagem, bastante convictas daquilo que diziam e viam mas, não se deixem enganar, a tempestade Sandy está a ser devastadora mas tal cenário não passa do sonho de um iluminado com conhecimentos de manipulação digital fotográfica.

Fonte informativa: snopes.com

Aqui fica a imagem que anda a circular e, em seguida, a fotografia original, poderosa, devastadora e ao mesmo tempo, admirável.